Em reunião na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) nesta quarta-feira (11), o senador Beto Faro (PT-PA) defendeu a intensificação de uma campanha de prevenção e combate as pragas que ameaçam a lavoura cacaueira no Pará é outras regiões do país e a criação de barreiras sanitárias nas fronteiras agrícolas e interestaduais.
Faro destacou a importância do Pará como um dos maiores produtores de cacau do a Brasil e apontou como a cultura mudou a vida de agricultores da rodovia Transamazônica . Ele conta que, em visita ao Assentamento Tuerê, em Novo Repartimento, o maior do país com cerca de 3 mil famílias pode ver o impacto de uma cultura que começou tímida. . “No início, nosso povo passou por muitas dificuldades. Fique muito surpreso ao ver hoje , nossos camponeses andando de caminhonete. Tudo fruto da produção de cacau”, afirmou.
O senador defendeu ainda a urgente reestruturação da CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), que vem sofrendo com a falta de pessoal. “Precisamos resgatar a CEPLAC. Disse ao ministro, por quem tenho muito apreço, que hoje o órgão já não faz mais extensão rural. No máximo, elabora projetos. Precisamos lutar para mudar isso.”
Faro também alertou que, apesar dos avanços, os produtores enfrentam grandes desafios para manter e expandir a produção, especialmente pela ausência de assistência técnica. “Na última reunião com o BASA, destaquei que não adianta investir apenas em crédito se não houver apoio técnico e infraestrutura para melhorar a produtividade e a qualidade do nosso cacau.”
Durante a sessão, o parlamentar fez um apelo enfático, conclamando todos os órgãos da cadeia produtiva do cacau e as autoridades estaduais a se mobilizarem em uma força-tarefa para enfrentar as pragas que vêm devastando plantações, especialmente na região da Transamazônica. “Vamos envolver os bancos, investir em pesquisa científica, mas vamos enfrentar essa praga. Não podemos deixar o cacau morrer”, concluiu.
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