segunda-feira, 4 de abril de 2022

PRODUTORES DE CACAU SUSPENDEM VENDAS NO PARÁ E NA BAHIA

 

Município de Tucumã um dos maiores

 produtores de cacau no Pará 

    Milhares de produtores de cacau dos Estados do Pará e Bahia  iniciam nesta segunda feira dia 4, um manifesto pela valorização do preço do quilograma de suas amêndoas de cacau, tal manifestação consiste em um período de trinta dias sem vender o produto as cooperativas de cacau que repassam a matéria prima do chocolate para as multinacionais como as empresas Cargil, Olan e Barri.
    No Estado do Pará que obtém o título de maior produtor de cacau desde o ano de 2019, produtores de cacau dos municípios de Tucumã, São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Água Azul do Norte, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Baião, Cametá, Igarapé-Miri, Mocajuba, São Domingos do Araguaia, Novo Repartimento, Pacajá, Anapú, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu os quais figuram no cenário da produção com expressivas toneladas de grãos ano, devem participar do manifesto de paralisação das vendas. 


    Em outro estado produtor de cacau como a Bahia, os cultivadores de cacau também aderiram ao manifesto que visa a valorização das amêndoas de cacau que hoje é cotada a 13 e 15 reais o quilograma. 
Embora sua cotação do quilograma seja atrelada ao dólar por ser uma commodities (matérias-primas utilizadas para a manufatura de outros produtos. Ou seja, são itens fornecidos para as indústrias com foco na fabricação de produtos), dificilmente seu valor sobe.
    A alegação dos produtores é que havendo a alta do dólar, dificilmente há melhora no preço do quilograma do cacau, mas quando o dólar baixa, a baixa no preço do quilograma é imediata.
    Segundo um produtor que pediu para não ser identificado, estaria havendo agilidade das cooperativas de cacau para aplicar a baixa no preço do quilograma do cacau, não tendo a mesma agilidade quando o dólar sobe.   
"Desta forma fica claro que está havendo uma desvalorização do produto in natura na origem e raramente os benefícios gerados pelas multinacionais para os produtores de cacau chegam aos produtores" citou o produtor. 
    O Pará sozinho é responsável por 146.409 toneladas produzidas em 2021. Em 2020, a produção do fruto no Pará foi de 144.663 toneladas, o equivalente a 52% da produção nacional. Em 2019, o Estado produziu 130 mil toneladas contra as 105 mil produzidas na Bahia, que segue na vice-liderança.

6 comentários:

  1. Acrescento que uma das possibilidades.seriam diminuir significativamente a qualidade do nosso produto em linhas gerais. Pois traria um prejuízo grande as moageiras não permitindo o brand com o cacau estrangeiro, obrigando-a elas a saírem denovo negociar com o produtor na roça. Ou seja, todo os programas difundido por elas nos últimos anos, passariam a entrar em cheque.

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  2. Com certeza,estes gringos acha que aqui e moleza

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  3. As indústrias estão tendo facilidade de importar cacau africano com preços inferiores aos daqui e se não me engano o cacau importado sem a devida segurança, do que se aproveita o setor industrial para aplicar o desagio no nosso produto. O produtor de cacau, vítima da introdução e disseminação criminosa da terrível praga da VASSOURA DE BRUXA, é vítima também de um Pacote Tecnológico imposto pelo governo aos produtores. Por que imposto? Porque quem não aderisse ao tal Pacote Tecnológico não teria acesso aos recursos disponibilizados na rede bancária. Os produtores não tiveram alternativa e mesmo reclamando do Pacote imposto, acabaram por aderir. Mais de dois anos depois o Governo Federal pela CEPLAC e através de uma Nota Técnica
    oficial-NT 042/1983 reconheceu o fracasso do Pacote Tecnológico imposto. ABSURDO MAIOR NUNCA EXISTIU! EIS A REALIDADE! ALIADO A ESSA EXDRÚXULA SITUAÇÃO, OS GOVERNOS, SEGUIDOS GOVERNOS, PERMITEM O DESRESPEITO À LEI 4829/1965 - VIGENTE QUE REGULA O CRÉDITO RURAL.LEI QUE PROÍBE O USO DA TR COMO INDEXADOR NO CŔEDITO RURAL. OS GOVERNOS ATÉ AQUI, TALVEZ, PARA AGRADAR A
    OS BANQUEIROS E GRANDES GRUPOS CRIOU UMA TAL MEDIDA PROVISÓRIA 2196-3/2001 NO GOVERNO FHC, QUE VEIO TRANSFORMAR DÉBITOS RURAIS IRREGULARES EM DÉBITOS FICAIS. FOI O COMEÇO DA HECATOMBE REINANTE HOJE NO MUNDO CACAU, MUI PRINCIPALMENTE NA BAHIA.O INSTITUTO PENSAR CACAU-IPC COM SEDE EM IPIAÚ-BAHIA, TRABALHA PARA QUE HAJA UM FÓRUM DE DEBATES ONDE SERÁ DISCUTIDO, O ENDIVIDAMENTO IMPOSTO AO PRODUTOR DE CACAU.PRECISAMOS DO APOIO DO MUNDO DOS PRODUTORES DE CACAU NO BRASIL PARA ESSE FÓRUM ONDE AS DÚVIDAS SERÃO DIRIMIDAS. PERGUNTAR NÃO OFENDE: POR QUE NÃO ACONTECER UM FÓRUM PARA DISCUTIR O ENDIVIDAMENTO IMPOSTO AOS PRODUTORES? EIS A QUESTÃO!
    Quanto ao IMPORTANTE ESTADO DO PARÁ ser o maior produtor de cacau, com todo respeito, ainda é um sonho. A BAHIA continua liderando. SAUDAÇÕES!

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  4. O Brasil, não produzindo cacau suficiente para consumo próprio, obtém o preço através da Bolsa de Nova York. Isso é uma aberração mantida ao longo dos anos pelas empresas multinacionais que comercializam o cacau. O Brasil precisa urgentemente de uma política de cacau, para acabar com a exploração dos cacaicultores.Mas para agravar ainda mais a situação, o governo e sobretudo a Ceplac contribuíram para o endividamento e norme, destinado a controlar a vassoura de bruxa, sem que tivesse qualquer resultado!!! Mas a dívida ficou nos bancos, impagável,já que o projeto da Ceplac só serviu para jogar dinheiro fora. Além do mais, a vassoura de bruxa saiu de dentro dos quadros da Ceplac, cujo processo foi por ela escondido até caducar e os agricultores estão sendo acionados pelos bancos. Algo surreal que o Governo precisará assumir, sob pena de contribuir para a manutenção de uma injustiça gritante!

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